a relatividade das pequenas

quinta-feira, julho 29

Ao restaurar um quadro, a regra de ouro é tornar a parte restaurada fácil de ser restaurada por futuros conservadores. O que se perdeu, perdido está na essência, não na aparência.
O departamento científico da National Gallery é um lugar imenso cheio de máquinas, microscópios. Bonitos armários com pigmentos, amostras. Quadros com tabelas de cores separadas por período. Vejo um impressão de amostras de cores medievais, mas impressa nos anos 70, esmaecidas, deixadas lá como ... lembrança? Como provaram se o pequenino Rafael recém comprado por 36 milhões de libras não era falso, como sugeriram outros? Por um pequeno pedaço arrancado do próprio, que contém pedaços de vidro moído que o artista usava junto aos pigmentos. Dá para ver as camadas, intenções e desvios de cada quadro. Uma paisagem coberta por um arco.
Em outros quadros um camponês apagado. Maria mais ou menos imaculada. Museus, negócios.
Mas é bom saber que nem tudo pode ser revelado.

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Guitarra solo
O melhor solo de guitarra que já vi contou com a participação discreta e à distância do guitarrista, que lá pelas tantas pediu uma salva de palmas. Os Pixies nem boa tarde dizem. Sonic Youth agora, para concluir nada. Diz torço.

Preciso parar de colocar essas frases finais, chaves de ouro.
Elas que se acabem.

É preciso restaurar a vida, minimizando a expectativa, maximizando o que existe.



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