a relatividade das pequenas
terça-feira, junho 1
Tenho um caderninho vermelho
que carrego no bolso direito
para anotar qualquer idéia que passe
senão a vejo, não escrevo
senão a entendo, escrevo da mesma forma
para que um dia leia o abstrato que tentou
Ouvindo a recomendada "Leningrado" - sinfonia n° 7 ? do Dmitri Shostakovich, retorno ao computador e aos meus arquivos , que há pouco considerava todos mortos. A trilha é romântica, violenta, principalmente pelos contrastes. Diz-se que ele escreveu esta peça entre os ataques que a cidade recebia na Segunda guerra. Pontuava-se pelas bombas que ouvia ao redor, quando vestia roupas especiais e partia para os incêndios com os grupos de apoio.
Muito se passou desde que maio começou e passou, e acho mesmo que tenha sido o mês do esquecimento (e um tanto onírico). A começar pela Fuga para Barcelona ? sinfonia n° 30. Deveras especial pelas pessoas e isto, antes de uma descrição de como são os melhores anfitriões do mundo, é um solene agradecimento seguido de abraços.
Além do mais, a cidade é fabulosa. O sol é fabuloso. O mediterrâneo gelado é fabuloso.
Estou muito estranho em Londres, e isso não é novidade.
(Essa deve ser a primeira vez que falo com os possíveis leitores e não falando comigo por uma máquina)
Dá pra entender porque o Rafa gosta tanto de Barcelona, sem nunca ter dito que gosta tanto.
O ritmo de vida é um contrate com aqui, ainda que eu corra na megametrópole e para meu museu mega lotado e ainda passe séria monotonia de pueblo.
Estranho tb estar com amigos de Porto Alegre, que estão bem situados em suas respectivas imigrações, ainda que uns estejam mais de malas intermitentes que outros.
Enfim. Navegar.
__
Letícia, tocar pandeiro é ultra difícil e penso até que é das poucas coisas que talvez se nasça podendo. Mesmo com grandes mestres e prática constante, tal arte vive em outra dimensão da coordenação motora.
Nunca tentei por correspondência, mas comprei um pandeiro e um triângulo (esse fácil) uns 13 anos atrás e nunca correspondi. Isso que toquei bateria pitoresca em grupos de modinha e samba-rancho. Não fecho a roda do samba, pois, senão com a turma saudosa que abre os braços e fecha os olhos, ao redor do núcleo.
Falando em olhos, Jorge, o São, gravou-me Todos os Olhos, do Tom Zé, e isso é lindo.
Itamar Assumpção e Luis Tati tb. Fellini, dois discos. Supimpa.
Minha papoula está ficando des-ca-ra-da-mente com ca-ra de pa-pou-la, em tempo asssssssssus-tador-a-mente rápido.
Cy Twombly na Serpentine gallery. 50 anos de trabalhos em papel.
Ganhei um bloco de desenho e óleo em bastão.
Pouco depois, na fundação Miró, Mirós dos anos 70 que parecem Cy Twomblys.
"Eu sou inocente. Eu sou inocente. Eu sou inocente. Eu sou inocente. Eu sou inocente."
Nossas reverências:
"de vez em quando todos os olhos se voltam pra mim, de lá do fundo da escuridão, querendo que eu saiba,
Mas eu não sei de nada, mas eu não sei de nada, mas eu não sei de nada, mas eu não sei de nada.
Eu não tenho chicote..."
--
Maio ainda teve o aniversário da Consu, que está cada vez mais bela. Foi aqui em casa, em nosso estranho bairro, em Londres, essa estranha vida. Bom, com nosso punhado de amigos e cheios de coisas passando pela cabeça.
Cadê você? cadê você?
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que carrego no bolso direito
para anotar qualquer idéia que passe
senão a vejo, não escrevo
senão a entendo, escrevo da mesma forma
para que um dia leia o abstrato que tentou
Ouvindo a recomendada "Leningrado" - sinfonia n° 7 ? do Dmitri Shostakovich, retorno ao computador e aos meus arquivos , que há pouco considerava todos mortos. A trilha é romântica, violenta, principalmente pelos contrastes. Diz-se que ele escreveu esta peça entre os ataques que a cidade recebia na Segunda guerra. Pontuava-se pelas bombas que ouvia ao redor, quando vestia roupas especiais e partia para os incêndios com os grupos de apoio.
Muito se passou desde que maio começou e passou, e acho mesmo que tenha sido o mês do esquecimento (e um tanto onírico). A começar pela Fuga para Barcelona ? sinfonia n° 30. Deveras especial pelas pessoas e isto, antes de uma descrição de como são os melhores anfitriões do mundo, é um solene agradecimento seguido de abraços.
Além do mais, a cidade é fabulosa. O sol é fabuloso. O mediterrâneo gelado é fabuloso.
Estou muito estranho em Londres, e isso não é novidade.
(Essa deve ser a primeira vez que falo com os possíveis leitores e não falando comigo por uma máquina)
Dá pra entender porque o Rafa gosta tanto de Barcelona, sem nunca ter dito que gosta tanto.
O ritmo de vida é um contrate com aqui, ainda que eu corra na megametrópole e para meu museu mega lotado e ainda passe séria monotonia de pueblo.
Estranho tb estar com amigos de Porto Alegre, que estão bem situados em suas respectivas imigrações, ainda que uns estejam mais de malas intermitentes que outros.
Enfim. Navegar.
__
Letícia, tocar pandeiro é ultra difícil e penso até que é das poucas coisas que talvez se nasça podendo. Mesmo com grandes mestres e prática constante, tal arte vive em outra dimensão da coordenação motora.
Nunca tentei por correspondência, mas comprei um pandeiro e um triângulo (esse fácil) uns 13 anos atrás e nunca correspondi. Isso que toquei bateria pitoresca em grupos de modinha e samba-rancho. Não fecho a roda do samba, pois, senão com a turma saudosa que abre os braços e fecha os olhos, ao redor do núcleo.
Falando em olhos, Jorge, o São, gravou-me Todos os Olhos, do Tom Zé, e isso é lindo.
Itamar Assumpção e Luis Tati tb. Fellini, dois discos. Supimpa.
Minha papoula está ficando des-ca-ra-da-mente com ca-ra de pa-pou-la, em tempo asssssssssus-tador-a-mente rápido.
Cy Twombly na Serpentine gallery. 50 anos de trabalhos em papel.
Ganhei um bloco de desenho e óleo em bastão.
Pouco depois, na fundação Miró, Mirós dos anos 70 que parecem Cy Twomblys.
"Eu sou inocente. Eu sou inocente. Eu sou inocente. Eu sou inocente. Eu sou inocente."
Nossas reverências:
"de vez em quando todos os olhos se voltam pra mim, de lá do fundo da escuridão, querendo que eu saiba,
Mas eu não sei de nada, mas eu não sei de nada, mas eu não sei de nada, mas eu não sei de nada.
Eu não tenho chicote..."
--
Maio ainda teve o aniversário da Consu, que está cada vez mais bela. Foi aqui em casa, em nosso estranho bairro, em Londres, essa estranha vida. Bom, com nosso punhado de amigos e cheios de coisas passando pela cabeça.
Cadê você? cadê você?
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