a relatividade das pequenas
domingo, dezembro 21
Não, não vou chorar. Sei que disse que não iria na vez que parti e nem era natal nem havia dois anos que não via todos. E mesmo assim naquele dia naquele aeroporto irreconhecível em POA, com aquelas pessoas todas, claro que chorei o choro mais espontâneo e irresistível. Talvez soubesse que ficaria aquele tempo todo distante, que iria passar momentos muito pesados (como se antes não os tivesse) e que dali em diante teria que ser mais forte, mais humano, mais solitário (solitários, solidários, nós dois, em cada um o desequilíbrio entre Quixote, Sancho e Cervantes). Talvez por que ali ainda tinha forças e espaço para o devaneio. Então não resisti ao ver a Rosemary vendo o menino partir.
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Acho que brinco de encontrar a absolvição pela culpa. Uma idéia católica, claro, que indulge-se na confissão e dorme sem reconhecer o pesadelo. Mas tenho pensado muito que as coisas que nos acontecem são nossas ações mesmo, não o mundo agindo contra ou a favor. É muito pretensão, aliás, pensar que o mundo agiria contra nós, que representamos muito pouco. Só estou divagando nisso porque é época de alinhavar as idéias, como diria o outro.
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Pensar por princípios nunca é colocar-se no lugar dos outros, afim de entender o ponto de vista divergente.
Mas é engraçado quando se diz “ponha-se no seu lugar”.
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De repente essa data que aprendi a desgostar virou algo maior para mim. Vamos comemorar, trocar presentes, rever a família e claro, beber até o que não é líquido.
Depois ano novo. A campanha das promessas. Foi um ano bom. Maluco, mas bom.
Human doing como diria Cave. Human doing.
E ver o mar. O mar que não vê niguém mas toca. Mergulhemos.
Hoje comentei no trabalho essa coisa de pular sete ondinhas e jogar flores. Não ouve réplica.
Também não aprofundei, nem saberia descrever, a outra festa ao mar, onde toma-se passes de santos encarnados.
Lembro da mãe e do Rafa indo para o centro da roda em Tramandaí. Muito sincretismo. Fiquei de fora.
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Acho que brinco de encontrar a absolvição pela culpa. Uma idéia católica, claro, que indulge-se na confissão e dorme sem reconhecer o pesadelo. Mas tenho pensado muito que as coisas que nos acontecem são nossas ações mesmo, não o mundo agindo contra ou a favor. É muito pretensão, aliás, pensar que o mundo agiria contra nós, que representamos muito pouco. Só estou divagando nisso porque é época de alinhavar as idéias, como diria o outro.
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Pensar por princípios nunca é colocar-se no lugar dos outros, afim de entender o ponto de vista divergente.
Mas é engraçado quando se diz “ponha-se no seu lugar”.
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De repente essa data que aprendi a desgostar virou algo maior para mim. Vamos comemorar, trocar presentes, rever a família e claro, beber até o que não é líquido.
Depois ano novo. A campanha das promessas. Foi um ano bom. Maluco, mas bom.
Human doing como diria Cave. Human doing.
E ver o mar. O mar que não vê niguém mas toca. Mergulhemos.
Hoje comentei no trabalho essa coisa de pular sete ondinhas e jogar flores. Não ouve réplica.
Também não aprofundei, nem saberia descrever, a outra festa ao mar, onde toma-se passes de santos encarnados.
Lembro da mãe e do Rafa indo para o centro da roda em Tramandaí. Muito sincretismo. Fiquei de fora.
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