a relatividade das pequenas

quinta-feira, novembro 13

so far, so good

“Se alguém por mim perguntar
Diga que só vou voltar
Quando eu me encontrar”

(Acho que é isso. Cartolinha)

Vamos para Londres, depois da praia, da festa, da Disney. Para o céu, depois da terra, da água, do fogo. O quintal, depois da janela, da rua. O banheiro, depois da fome e do banquete. Parar, depois da subida e da queda. O mundo é um rabo. Os lugares não existem.
E Domingo mais uma despedida. Mais comemorados que aniversários.
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Lembro que Cartola já foi tabu em casa. Talvez só eu saiba. Talvez o tal tabu é mais um mito de infância. Mas lembro de alguém dizer-me “não toque essa”. Era uma das únicas que eu sabia. Já o pai sabe todas. De ouvido.
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E assisti em um download barato O Perfeição, do Rafa e me emocionei. A busca pela simetria no caos. O Paulo no final arrebatou-me.

Amanhã mais uma entrevista, mais um museu. Mais um nervosismo. Estou meio cansado de mentir e sorrir. Tenho pintado bastante e entro em outro mundo.
E mais o Brasil, e depois a volta.
Tem aquela da menina que foi passear de cavalo na praia e o cavalo não parava, nem dava meia-volta. Então, resignada pensou: então vou até Porto Alegre que lá eu me acho.
Vejo um cavalo chegando sozinho, amarrando-se ao Laçador.
Deve ser porque é uma viagem tão marcante. Mas se pensar nisso agora não penso em nada. E há muito a ser pensado. Há?

Compramos uma TV/DVD, mas apesar da irresistível pressão do universo da TV, ainda não é hora de religarmo-nos ao mundo Dela. Foi inaugurada com o Revolt, um eu-é-um-outro vídeo meu.

Vejo a Consu tão pouco. E amo tanto ela.

Já estamos rindo disso tudo.

Olhe a paisagem prometida pelo pai, orgulhoso. Pergunte-o: e se mudar? E o que a vista não alcança?

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Isso ontem. Hoje seco um cálice de vinho ouvindo eufóricos saindo do som.
Alívio pós entrevista de emprego na National Gallery. Não estando exatamente achando isso muita pretensão, fui muito mais tranquilo, apesar do fato de que tenho vergonha de falar até com cobrador de ônibus. Três pessoas com um questionário cada em uma mesa grande. Mais um pouco é aquele programa Roda Viva. Dois de uniforme. Quase ri durante, pensando que eu estava irritantemente preenchendo as lacunas nos lugares certos. Começo a pensar que só por isso não vou pegar esse trabalho, e que outra coisa vai aparecer. Mas é tentador pensar naquela imensidão de quadros e passar o dia inteiro vendo pinturas. David Hockney fez uma série usando como modelos os warders de lá, testando uma técnica que Vermeer (parece) teria utilizado.
Vai ver. È trabalho. Operacional, como diria o outro. Aqui, como aí, penso, não podemos nos dar aos luxos de idealizações em estados entretidos. Hoje seco um cálice de vinho ouvindo a euforia sair do som.



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