a relatividade das pequenas

sábado, outubro 18

Não funciona. Nada funciona. Não é para ser funcional mesmo.
Tenho a energia braçal. Mas ela precisa de um cérebro sadio.
As pernas um tanto bambas, talvez.
As loucuras dessa rádio às vezes me irritam. Agora é um coral de crianças chinesas ou mulheres esganiçadas.
Queria ser um desdenhista. Não, desdém é desprezo com orgulho (aurélio). Mas eu deprecio tudo o que faço.
Destruído conforme instrução do artista.
Como artista sou um procrastinador.

Nos últimos três dias ouço compulsivamente a Resonance, que não é uma rádio, mas outra coisa. Resonance.com. Ela precisa de doações para seguir, mas não apela. Apenas pede algumas vezes entre programas, como dizendo: essa experiência só é possível pela colaboração de muitas pessoas. Engraçado que não há nomes, não há uma voz que identifique a rádio. Intrigante. Em Paris (e aqui tb, a Consu me lembra) transformaram um squat ( uma casa ou prédio invadido) em centro cultural porque todos invasores eram artistas (alguns deram um jeito de se tornar em tempo recorde, coisa que preciso fazer em um mês). Coletividades. Eu mal conheço alguém, mas o projeto musical que estou se chama The Collectives.

Fomos no Sigmar Polke. Telas imensas, mais políticas. Desenhos lindos. Os Estados Unidos e as armas como um de seus temas. Que absurdo esse momento que pode ser lindo. Polke pode quase qualquer coisa e está naturalmente reinventado-se, por que ele tem um caminho muito bem traçado. Poder, poder.

Tenho lido sobre a Bienal do Mercosul. Queria ver, estar, mas não chegarei a tempo. Na bienal anterior estávamos tão norteados em fazer as malas que não deu tempo de ver tudo.
Engraçado como continua havendo um tipo de negligência nos meios de comunicar do Brasil. Pouco devem saber sobre o evento. Mas a pequenina e despretensiosa Kassel na Alemanha abriga a Documenta, que é uma mostra gigante. Bienais são muito boas de se ver e sentir, elas transformam muito as obras em si e a atitude dos artistas e do público, que se vêem obrigados a encarar de forma cívica, cultural e ampliada a coisa toda.

Dia 17 fez 8 meses que estou no mesmo emprego. O que é isso, companheiro?

Fomos em mais uma despedida-de-amigo-que-volta-para-o-Brasil. Lara (beijos). Sempre estamos indo, mesmo. Mas são dimensões diversas, outros mundos. Algumas festas podem concentrar tantas urgências que é incrível como posso estar aqui escrevendo impassivelmente.



LINKS
Consu
Rafa
Fer
Jorge
ARCHIVES
agosto 2002
setembro 2002
outubro 2002
novembro 2002
dezembro 2002
janeiro 2003
fevereiro 2003
março 2003
abril 2003
maio 2003
julho 2003
agosto 2003
setembro 2003
outubro 2003
novembro 2003
dezembro 2003
fevereiro 2004
março 2004
abril 2004
junho 2004
julho 2004
setembro 2004
outubro 2004
dezembro 2004
abril 2005
maio 2005
julho 2005
agosto 2005
setembro 2005
novembro 2005
dezembro 2005
janeiro 2006
fevereiro 2006
junho 2006
agosto 2006
dezembro 2006
abril 2007
junho 2007
julho 2007
setembro 2007

This page is powered by Blogger. Isn't yours?