a relatividade das pequenas
domingo, fevereiro 2
Brian Eno e seus cartões para os músicos durante gravações:
“Troquem instrumentos agora”
“Honre seus erros como intenções escondidas”
()
Lembrar é não viver I
Lembro que uma vez estávamos de saco cheio de ensaiar (Urro, 1994 -1998), então inventamos uma brincadeira. Depois do “um dois três” cada um começava a música que quisesse. Mas não me lembro se chegamos a tocar tudo até o fim. Seria um show em si.
()
p l a c e bopl a c e b o
p l a c e bo p l a c e b o
p l a c e bopl a c e b o
p l a c e b o pl a c e b o
p l a c e bo pl a c e b o
p l a c e bo pl a c e b o
p l a c e b opl a c e b o
p l a c e bo pl a c e b o
p l a c e b op l a c e b o
p l a c e bo p l a c e b o
()
Não tendo fé acendo vela para talvez não torcer errado?
Meu sangue não ferve.
Gosto de músicas realmente emotivas, baladas rasgadas.
Mas meu sangue não ferve.
Se visto uma gravata pareço um delinquente.
Não quero fazer sentido. Mas faço.
Não quero falar. Nem existir.
Não sou meu currículo.
Lá estão brechas que não sei explicar.
Gosto de baladas rasgadas e contrastes.
Estive grudado no teto e embaixo da cama maior parte do tempo.
Eu não tenho senso de preenchimento de lacunas.
Gosto de certas coisas pelas quais talvez meu sangue ferva.
Mas quem sabe a fervura chegará.
()
entrei pelos fundos no palácio da rainha
tentei sorrir como me mandaram. Mas nossa, que falso.
Até um padre sabe que minto.
Respeitamos o que não conhecemos.
()
Uma exposição de arte:
Um efeito colateral:
Uma contradição:
Um filme que você nunca vai entender e nem mesmo ver:
Se você pudesse mudar um aspecto em coisas perfeitas demais:
Uma chance em mil que você perdeu e nunca soube:
Um amigo que você sabe ser uma pessoa completamente equivocada:
Uma coisa extremamente irresponsável que você fez:
Uma coisa quente e suculenta que você fez que daria inveja a todas as mentiras do Henry Miller:
Uma coisa que você fez e não contaria nem ao diabo no seu ombro:
Uma personalidade que você admira mas que todos dizem ser uma pessoa completamente equivocada:
Um lugar detestável:
As pessoas a sua volta que você já desejou a morte para dizer logo em seguida “deus o livre, que horror”:
Perguntas com respostas embutidas:
()
Estou carcomido de uma sessão de nu artístico, onde emprestei minha carcaça para que outros façam o universal a partir do particular por linhas. Ao todo umas 4 horas alternando posições a cada 10 minutos, algumas rígidas, de fazer o corpo tremer no primeiro minuto. Numa delas o aluno inventou de congelar um gesto de alegria (um Yessss! o mesmo que o vendedor de lanchas viu num filme, mas acho que o aluno pode usar isso numa ilustração, vai saber). E eu de cara pensei em dor. Então fiz um Yesssss! de 10 minutos. 10 minutos enrijecido, dobrado, tremendo e pensando em cada músculo como tendo vida própria. A melhor noção de anatomia é a noção dos próprio corpo? Mas não é conjunto, conjunto é desenho. E gostei. Só não consegui pensar em arte, só em sistema educacional de universitário e porque estavam aqueles 22 seres (duas turmas) tendo aula com modelo vivo.
()
Hoje passei na frente de uma loja de instrumentos e os funcionários (mais para os donos) estavam fazendo uma jam, sem nenhum cliente. E fiquei tentando pensar o que aquilo simbolizava em relação à felicidade, mas tive que cuidar para não cair por que nevou de novo e caminhar é um ato cauteloso.
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“Troquem instrumentos agora”
“Honre seus erros como intenções escondidas”
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Lembrar é não viver I
Lembro que uma vez estávamos de saco cheio de ensaiar (Urro, 1994 -1998), então inventamos uma brincadeira. Depois do “um dois três” cada um começava a música que quisesse. Mas não me lembro se chegamos a tocar tudo até o fim. Seria um show em si.
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p l a c e bopl a c e b o
p l a c e bo p l a c e b o
p l a c e bopl a c e b o
p l a c e b o pl a c e b o
p l a c e bo pl a c e b o
p l a c e bo pl a c e b o
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p l a c e b op l a c e b o
p l a c e bo p l a c e b o
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Não tendo fé acendo vela para talvez não torcer errado?
Meu sangue não ferve.
Gosto de músicas realmente emotivas, baladas rasgadas.
Mas meu sangue não ferve.
Se visto uma gravata pareço um delinquente.
Não quero fazer sentido. Mas faço.
Não quero falar. Nem existir.
Não sou meu currículo.
Lá estão brechas que não sei explicar.
Gosto de baladas rasgadas e contrastes.
Estive grudado no teto e embaixo da cama maior parte do tempo.
Eu não tenho senso de preenchimento de lacunas.
Gosto de certas coisas pelas quais talvez meu sangue ferva.
Mas quem sabe a fervura chegará.
()
entrei pelos fundos no palácio da rainha
tentei sorrir como me mandaram. Mas nossa, que falso.
Até um padre sabe que minto.
Respeitamos o que não conhecemos.
()
Uma exposição de arte:
Um efeito colateral:
Uma contradição:
Um filme que você nunca vai entender e nem mesmo ver:
Se você pudesse mudar um aspecto em coisas perfeitas demais:
Uma chance em mil que você perdeu e nunca soube:
Um amigo que você sabe ser uma pessoa completamente equivocada:
Uma coisa extremamente irresponsável que você fez:
Uma coisa quente e suculenta que você fez que daria inveja a todas as mentiras do Henry Miller:
Uma coisa que você fez e não contaria nem ao diabo no seu ombro:
Uma personalidade que você admira mas que todos dizem ser uma pessoa completamente equivocada:
Um lugar detestável:
As pessoas a sua volta que você já desejou a morte para dizer logo em seguida “deus o livre, que horror”:
Perguntas com respostas embutidas:
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Estou carcomido de uma sessão de nu artístico, onde emprestei minha carcaça para que outros façam o universal a partir do particular por linhas. Ao todo umas 4 horas alternando posições a cada 10 minutos, algumas rígidas, de fazer o corpo tremer no primeiro minuto. Numa delas o aluno inventou de congelar um gesto de alegria (um Yessss! o mesmo que o vendedor de lanchas viu num filme, mas acho que o aluno pode usar isso numa ilustração, vai saber). E eu de cara pensei em dor. Então fiz um Yesssss! de 10 minutos. 10 minutos enrijecido, dobrado, tremendo e pensando em cada músculo como tendo vida própria. A melhor noção de anatomia é a noção dos próprio corpo? Mas não é conjunto, conjunto é desenho. E gostei. Só não consegui pensar em arte, só em sistema educacional de universitário e porque estavam aqueles 22 seres (duas turmas) tendo aula com modelo vivo.
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Hoje passei na frente de uma loja de instrumentos e os funcionários (mais para os donos) estavam fazendo uma jam, sem nenhum cliente. E fiquei tentando pensar o que aquilo simbolizava em relação à felicidade, mas tive que cuidar para não cair por que nevou de novo e caminhar é um ato cauteloso.
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