a relatividade das pequenas
sábado, agosto 10
Lucien Freud na Tate Britain. Segunda feira e lotado. As pessoas caminham com o audio guide feito um celular colado na orelha e ficam ao redor dos quadros, numa distância para que todos vejam. Mas se você quer ver a tinta tem que chegar pertinho. Daí as pessoas vêem a sua nuca realista mas sem pincelada. Freud de longe é real, de perto é pintura pura, grossa, colorida, mão treinada. Se é rebelde é porque não seguiu modernismos. Teimou na iluminação forte do atelier, nas pessoas dormindo., em suas cores chapadas. É bom ver as pessoas dormindo. Impressionante os quadros enormes e mais ainda os mini quadros, menor que A4, que ainda assim passam o mesmo tratamento, o mesmo enquadramento. As pessoas saem raspadas da exposição.
De saída a Tate nos ataca com camisetas e canecas "Freud”. Isso não me agride, por assim dizer, mais. A arte é um entretenimento e é caro, supervalorizado. As pessoas querem ter uma lembrança, um objeto que diga aos outros e lembre que v esteve lá. Você e suas memórias podem sim virar reprodução e camiseta. Pode crer.
(())
Chris Ofili na Victoria Miro. Freedom One Day. Africa. Negros em poses mitológicas detalhados com continhas coloridas, sobre merda de elefante. Uma espécie de paraíso, pela cor, pela atmosfera. Havia alguns desenhos expostos noutra sala, um pouco esboço e um pouco obra, que são fracos. Sinal que a pintura é quase tudo ali. Bom impacto visual e um trabalho meticuloso. Em cima macacos. A sala estava escura com luz direcionada para os quadros, refletindo o quadro no chão por causa das contas.
(()
a luta do bem contra o mal, do racional com o animal.
Do carnaval contra a filosofia. Da rotina contra o espontâneo. Da representação contra a abstração, da linha contra a mancha, da alegria contra a tristeza, da segurança contra a aventura, do novo contra o passado, do familiar contra o estranho.
Organize-as em colunas e agora esculhambe tudo.
0 comments
De saída a Tate nos ataca com camisetas e canecas "Freud”. Isso não me agride, por assim dizer, mais. A arte é um entretenimento e é caro, supervalorizado. As pessoas querem ter uma lembrança, um objeto que diga aos outros e lembre que v esteve lá. Você e suas memórias podem sim virar reprodução e camiseta. Pode crer.
(())
Chris Ofili na Victoria Miro. Freedom One Day. Africa. Negros em poses mitológicas detalhados com continhas coloridas, sobre merda de elefante. Uma espécie de paraíso, pela cor, pela atmosfera. Havia alguns desenhos expostos noutra sala, um pouco esboço e um pouco obra, que são fracos. Sinal que a pintura é quase tudo ali. Bom impacto visual e um trabalho meticuloso. Em cima macacos. A sala estava escura com luz direcionada para os quadros, refletindo o quadro no chão por causa das contas.
(()
a luta do bem contra o mal, do racional com o animal.
Do carnaval contra a filosofia. Da rotina contra o espontâneo. Da representação contra a abstração, da linha contra a mancha, da alegria contra a tristeza, da segurança contra a aventura, do novo contra o passado, do familiar contra o estranho.
Organize-as em colunas e agora esculhambe tudo.
0 comments