a relatividade das pequenas
sexta-feira, setembro 23
Fazer ou nao fazer. Me de um dinheiro e alguma ideia. A ideia do dinheiro. O dinheiro fala, ideias mudam. Dinheiro faz falta. Falta de ideias faz mais falta. Tudo esta na sua cabeca, falta so vencer a cabeca dos outros.
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domingo, setembro 18
A Resonance eh uma radio unica, como ja cansei de falar aqui. Mas o problema dela eh que o experimentalismo as vezes carece atencao, interesse ou forcado senso de humor. Esse ultimo me vem a cabeca pelo programa de musica brasileira que tem e so toca funk carioca. Aquele tipo de humor que deixa o sorriso amarelo e percebemo-nos muito sem graca, como um amigo intimo que te constrange com piadas ridiculas e grosseiras. O que ouco agora eh bem variado, em uma detalhada mixagem brincando como pode com aquela batida unica e imutavel, ate musica italiana entra, mas quando entram os vocais, o horror vem todo junto. Nao eh minha praia mesmo. Nao gosto de posts criticos, mas gosto da Resonance e de musica brasileira.
No hospital te perguntam o grupo etnico (so para monitoramento) e digo Branco? Italiano? Funk? Tenho que sofrer, como instruiu a Consu, porque aquilo eh emergencia e meu caso nao eh tao urgente, apesar de doer. Vejo todos os imigrantes que estas praias oferecem, todos sofrendo. Nao sei sobre o que estavamos falando, sobre indices de nascimento na Europa, e concordamos no slogan Adote um Imigrante, para equilibrar suas pensoes e fazer os trabalhos que outros nao querem.
"Ela pede tapa na cara e fala que isso excita. Que delicia. Que delicia." Comecamos a dancar na sala de espera do Homerton Hospital ao som do funk. Todos nos, sofrendo ou nao. Diz que eh bom para todos os males, males universais. Sheik yo buti.
" Eu vou beijar o seu marido", "Na para nao para nao", "Ate o chao chao chao chachachao"
Adote um imigrante. Ja vem com outra lingua e muitas bagagens culturais. Nao se preocupe tanto com a heranca cultural. Acrescente a ela o multiculturalismo. Ao imigrante resta ser tambem aberto e reciproco. Nao queira dominar o barraco.
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No hospital te perguntam o grupo etnico (so para monitoramento) e digo Branco? Italiano? Funk? Tenho que sofrer, como instruiu a Consu, porque aquilo eh emergencia e meu caso nao eh tao urgente, apesar de doer. Vejo todos os imigrantes que estas praias oferecem, todos sofrendo. Nao sei sobre o que estavamos falando, sobre indices de nascimento na Europa, e concordamos no slogan Adote um Imigrante, para equilibrar suas pensoes e fazer os trabalhos que outros nao querem.
"Ela pede tapa na cara e fala que isso excita. Que delicia. Que delicia." Comecamos a dancar na sala de espera do Homerton Hospital ao som do funk. Todos nos, sofrendo ou nao. Diz que eh bom para todos os males, males universais. Sheik yo buti.
" Eu vou beijar o seu marido", "Na para nao para nao", "Ate o chao chao chao chachachao"
Adote um imigrante. Ja vem com outra lingua e muitas bagagens culturais. Nao se preocupe tanto com a heranca cultural. Acrescente a ela o multiculturalismo. Ao imigrante resta ser tambem aberto e reciproco. Nao queira dominar o barraco.
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quarta-feira, setembro 14
Eu sou um cachorro
do tamanho da minha fome
voce eh um monstro
do tamanho da cabeca
nos somos perfeitos
um para o outro
ate que a sorte nos separe
ate que a morte nos repare
eu sou uma besta
voce eh um outro
do tamanho da cabeca
do tamanho da minha fome
ate que a sorte nos separe
ate que a morte nos repare
Eu sou uma besta
voce eh um cachorro
do tamanho da cabeca
nos somos perfeitos
ate que a morte nos separe
eu sou do tamanho
voce eh uma fome
do tamanho do cachorro
um para o outro
um para o outro.
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do tamanho da minha fome
voce eh um monstro
do tamanho da cabeca
nos somos perfeitos
um para o outro
ate que a sorte nos separe
ate que a morte nos repare
eu sou uma besta
voce eh um outro
do tamanho da cabeca
do tamanho da minha fome
ate que a sorte nos separe
ate que a morte nos repare
Eu sou uma besta
voce eh um cachorro
do tamanho da cabeca
nos somos perfeitos
ate que a morte nos separe
eu sou do tamanho
voce eh uma fome
do tamanho do cachorro
um para o outro
um para o outro.
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segunda-feira, setembro 5
PILARES PUBLICOS
Vi uma estatua viva hoje. Estava saindo do trabalho, que desemboca na Trafalgar Square, do Nelson e seus leoes imperiais, mas principalmente das pombas e dos turistas, e vi os andaimes ao redor do quarto pilar. O pilar, misteriosamente vazio de reis e cavalos de bronze, onde sera colocada a escultura da Alison Lapper gravida, realizada por Marc Quin, e que chama a atencao por ser ter uma forma parecida com a Venus de Milo (isso ela mesmo colocou, ou seja, sem bracos) e pernas curtissimas. Mas eis que caminho mais um pouco e vejo ela em pessoa, olhando para a praca. A reconheci pela materia no Guardian, nao pela escultura que ja vi. Ela eh artista tambem, e comecou a vida independente pintando cartoes com a boca, num estilo figurativo vendavel. Minha mae ate hoje recebe todo natal cartoes de uma fundacao no Brasil onde os artistas pintam com os pes ou a boca. Tinha ate um que se chamava Jorge do Pe. Cartoes figurativos, coloridos. Eh um emprego. Penso quantos desses artistas nao tem um trabalho distante do que se espera de cartoes de natal feitos para apoiar fundacoes e... artistas. Vai ficar bem la a Alison, como mais um monumento. Simbolico? Moderno? Belo? Sera mais uma visao diaria do que se chama arte publica. Mas isso eh outra coisa.
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Vi uma estatua viva hoje. Estava saindo do trabalho, que desemboca na Trafalgar Square, do Nelson e seus leoes imperiais, mas principalmente das pombas e dos turistas, e vi os andaimes ao redor do quarto pilar. O pilar, misteriosamente vazio de reis e cavalos de bronze, onde sera colocada a escultura da Alison Lapper gravida, realizada por Marc Quin, e que chama a atencao por ser ter uma forma parecida com a Venus de Milo (isso ela mesmo colocou, ou seja, sem bracos) e pernas curtissimas. Mas eis que caminho mais um pouco e vejo ela em pessoa, olhando para a praca. A reconheci pela materia no Guardian, nao pela escultura que ja vi. Ela eh artista tambem, e comecou a vida independente pintando cartoes com a boca, num estilo figurativo vendavel. Minha mae ate hoje recebe todo natal cartoes de uma fundacao no Brasil onde os artistas pintam com os pes ou a boca. Tinha ate um que se chamava Jorge do Pe. Cartoes figurativos, coloridos. Eh um emprego. Penso quantos desses artistas nao tem um trabalho distante do que se espera de cartoes de natal feitos para apoiar fundacoes e... artistas. Vai ficar bem la a Alison, como mais um monumento. Simbolico? Moderno? Belo? Sera mais uma visao diaria do que se chama arte publica. Mas isso eh outra coisa.
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sábado, setembro 3
Sigur Ros e as baleias. Musica boa. Vou tentar outra coisa. Existem muitas tragedias. sempre houve. Ninguem quer saber de ouvir o que elas tem a dizer. As vezes elas nao tem. Ontem foi bom no Foundry, musicas diversas. Mas estamos sozinhos. Os sinos nao batem para chamar os amigos. Eu nao sou boa companhia. Cada vez que digo a palavra "nada" acontece uma tragedia no mundo, mas como nao sei e ninguem sabe, nada posso fazer. Como a Amelie e sua maquina fotografica. Como quando o diabo esta entediado. Como quando os anjos bebem vinho. Como quando os ursos se irritam. A policia de Milao que va tomar vitaminas. Alguem esta viajando as minhas custas, de acordo um ticket de trem comprado com o meu cartao. Vou tentar algo diferente.
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