a relatividade das pequenas
terça-feira, setembro 21
ROMA, MONUMENTOS
Então fomos para Londres, para a casa que nos espera como deixamos. Talvez seja a melhor parte, ir para esse lugar que deixamos pronto para nossa chegada, o plano perfeito. Penso sempre nas coisas que podem dar errado nessa ida: acidentes, roubos, Londres não estar mais lá e o plano não funcionar. Mesmo assim, por piores que possam ser, gosto de pensar que temos um alfabeto de planos em algum lugar da cabeça.
Assim fomos para Roma, em uma viagem familiar. PauloeCristinaBárbaraeFrancisco. Somos quase todos Brasileiros com passaporte italiano e colocando nossos pés pela prima volta lá, com familiaridade com a língua e quase incapacidade de falar. Estranhamento e empatia previsíveis. A América era uma saída ideal e tornou-se um ideal esquecido. A Itália era, para os imigrantes de várias regiões, uma idéia recém estabelecida.
Ouço falar da ?Itália? desde que nasci, aprendi a blasfemar (longe da vó) em italiano, a comer e beber ?como um italiano e ter uma postura masculina e ao mesmo tempo sair abraçado com outros homens. Falo com as mãos e sou dramático, ritualista e tenho obsessão cega com a imagem como um italiano. Estudei aos pedaços de reproduções em p&b e slides sobre paredes em ruínas do Instituto de Artes a Escola de Atenas do Rafael e o barroco de Bernini. No pórtico do Instituto estão reproduções de esculturas clássicas em estado de decomposição, que já eram a reprodução de ideais gregos, que inspiraram-se em outra coisa da roda da história, que ensina que nada é eterno, nem os ideais.
E uma semana antes estávamos em Stonehenge, em Salisbury, Reino Unido, olhando aquele monumento com 5, 6 mil anos, sem explicação alguma, no dia 11 de setembro de 2004.
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Então fomos para Londres, para a casa que nos espera como deixamos. Talvez seja a melhor parte, ir para esse lugar que deixamos pronto para nossa chegada, o plano perfeito. Penso sempre nas coisas que podem dar errado nessa ida: acidentes, roubos, Londres não estar mais lá e o plano não funcionar. Mesmo assim, por piores que possam ser, gosto de pensar que temos um alfabeto de planos em algum lugar da cabeça.
Assim fomos para Roma, em uma viagem familiar. PauloeCristinaBárbaraeFrancisco. Somos quase todos Brasileiros com passaporte italiano e colocando nossos pés pela prima volta lá, com familiaridade com a língua e quase incapacidade de falar. Estranhamento e empatia previsíveis. A América era uma saída ideal e tornou-se um ideal esquecido. A Itália era, para os imigrantes de várias regiões, uma idéia recém estabelecida.
Ouço falar da ?Itália? desde que nasci, aprendi a blasfemar (longe da vó) em italiano, a comer e beber ?como um italiano e ter uma postura masculina e ao mesmo tempo sair abraçado com outros homens. Falo com as mãos e sou dramático, ritualista e tenho obsessão cega com a imagem como um italiano. Estudei aos pedaços de reproduções em p&b e slides sobre paredes em ruínas do Instituto de Artes a Escola de Atenas do Rafael e o barroco de Bernini. No pórtico do Instituto estão reproduções de esculturas clássicas em estado de decomposição, que já eram a reprodução de ideais gregos, que inspiraram-se em outra coisa da roda da história, que ensina que nada é eterno, nem os ideais.
E uma semana antes estávamos em Stonehenge, em Salisbury, Reino Unido, olhando aquele monumento com 5, 6 mil anos, sem explicação alguma, no dia 11 de setembro de 2004.
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