a relatividade das pequenas
sábado, março 27
Saúdo-te pelo bem e pelo mal comedidos.
Notícias se mandam
E as pessoas procuram a nova aparição da virgem no sol.
Sussurrada por alguém que se perdeu. Alguém que deseja a verdade no boato.
Não me despedi da rainha.
Noite dessas bebi um vinho exótico. Dia seguinte de vigília na sala dos impressionistas. Aquela cadeira de Vincent, os Girassóis que ele pintou para enfeitar a casa, hospitalidade e vontade de criar uma comunidade de pintores, esperando Gauguin. Aquelas paisagens espirais e milhares de pessoas atrás do original em um mundo perdido na origem. E as cores. Muitas cores e eu num misto de graça e pânico em um domingo de vinhos ainda exóticos entre quadros que valem muito dinheiro. Vigília.
Falando em hospitalidade, deveria ser algo que se faz sem exigir nada em troca. Mas no fundinho sempre há um mínimo, uma raspa de gentileza, retribuição e tato que esperamos. Aprendi que a formalidade é uma ferramenta, ainda que hipócrita, de comunicação.
Gauguin deve ter achado que Vincent o sufocava. Ele mesmo era uma pessoa que não acreditava muito na civilização ocidental e queria mesmo era se diluir com os primitivos do adorado mundo outro. Já Vincent deveria estar carente de uma boa conversa sobre pinturas de paisagens japonesas, um absinto, uma noite de descanso em um bordel após um dia de pintura sob o sol e o cheiro do óleo. Mas tudo é idealização. Os momentos mais felizes não percebemos como tais. Uma briga, a separação, a realidade e uma orelha a menos.
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E as pessoas procuram a nova aparição da virgem no sol.
Sussurrada por alguém que se perdeu. Alguém que deseja a verdade no boato.
Não me despedi da rainha.
Noite dessas bebi um vinho exótico. Dia seguinte de vigília na sala dos impressionistas. Aquela cadeira de Vincent, os Girassóis que ele pintou para enfeitar a casa, hospitalidade e vontade de criar uma comunidade de pintores, esperando Gauguin. Aquelas paisagens espirais e milhares de pessoas atrás do original em um mundo perdido na origem. E as cores. Muitas cores e eu num misto de graça e pânico em um domingo de vinhos ainda exóticos entre quadros que valem muito dinheiro. Vigília.
Falando em hospitalidade, deveria ser algo que se faz sem exigir nada em troca. Mas no fundinho sempre há um mínimo, uma raspa de gentileza, retribuição e tato que esperamos. Aprendi que a formalidade é uma ferramenta, ainda que hipócrita, de comunicação.
Gauguin deve ter achado que Vincent o sufocava. Ele mesmo era uma pessoa que não acreditava muito na civilização ocidental e queria mesmo era se diluir com os primitivos do adorado mundo outro. Já Vincent deveria estar carente de uma boa conversa sobre pinturas de paisagens japonesas, um absinto, uma noite de descanso em um bordel após um dia de pintura sob o sol e o cheiro do óleo. Mas tudo é idealização. Os momentos mais felizes não percebemos como tais. Uma briga, a separação, a realidade e uma orelha a menos.
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