a relatividade das pequenas

domingo, setembro 21

Oi Consu. Te amo.


domingo, setembro 14

APOLÍTICO

Relações humanas
Relativismo
The Place of the Artist in the Cosmic Scheme of Things
Deus, dê-me serenidade e bom senso para aceitar que algumas idéias não são para o bico do homem.

“Como disse Sartre, antes de ser concretizada, uma ideia tem uma estranha semelhança com a utopia. Seja como for, o importante é não reduzir o realismo ao que existe, pois, de outro modo, podemos ficar obrigados a justificar o que existe, por mais injusto ou opressivo que seja.”
Boaventura de Souza Santos

Santo Expedito e as causas impossíveis. A oração do Assis. O assim por diante.

Preciso ocupar meus dedos e não quero mais fazer pintura à dedo. Faz tempo que não escrevo. Fazer e contar não estava nos meus planos. Escrever é bom para analisar e enfiar outras coisas.

READING

Fomos no festival de Reading (já faz mais de um mês) e nos divertimos horrores. Eu estava particularmente confortável naquele lugar. Vi umas dez bandas e adorei principalmente as desconhecidas. Beck olha para o horizonte que não vemos (pois estamos de costas para ele, só por isso) e diz “este céu é ridículo”.

APARELHOS PARA OUVIR

Estou na segurança da galeria quando um grupos de crianças com deficiência chega e o líder me avisa que alguns não ouvem. Vejo algumas carinhas com seus aparelhos de surdez me olhando meio à parte quando falo.
No mesmo dia fomos em um festival de música experimental, promovido pela London Musicians Collective e pude ver o palco mais insólito e uma verdadeira maluquice sonora. Sons, não músicas. Toca-discos, guitarras, uma bateria, Laptops, utensílios domésticos e um coro de cinco vozes. Maravilhoso. É a mesma turma da Resonance FM e são ótimos. “Liberdade e disciplina”, como diria Eva Hesse em um contexto totalmente diferente ou nem tão diferente.
(Essa coisa de citar é engraçada. Carregamos gigantes nas costas. Mas citações e referências são como degraus de uma escada portátil.)

OY- TEE- SEE-KAH

Uma fotografia com meus olhos no vão que permite ver quem bate à sua porta. Após um derrame, Oiticica ficou horas caído no chão sem poder responder às pessoas que lhe procuravam.
Foto seguinte estou correndo, fugindo.
Alice tem na mão uma garrafa que diz “beba-me” no rótulo. Logo chegará ao país das maravilhas.
Terras prometidas.
Atravessar um limite é uma libertação.
Reciclar-se, libertar-se primeiro.

ANIMAIS ATEUS

A dor na cabeça me acorda. Saímos ontem. Sem aspirina saio pela Kingsland (não sem antes passar pelo apartamento A onde o saco de lixo é mantido ao lado da porta e está cheirando,e resmungo em inglês querendo que ele ouça sem saber quem foi, pois é assim que gostamos, afinal tb não quero me indispor com meu vizinho) e passo pela rua da feira sem a feira e o chão cheira muito mal piorado pelo açougue da esquina e suas cabeças de porco e os dizeres “halal meat”. Entro quase vomitando na farmácia, que aqui são lojas com tudo e esta se chama Superdrug. Pego minha aspirina e me tranco em casa.
Comprei o jornal tb e leio uma matéria sobre halal meat, que é a carne que os muçulmanos consomem e está de acordo com o alcorão. É uma grande indústria aqui na Europa e transcrevo aqui a linha de desmontagem: os animais são pendurados pelas pernas em uma espécie de correia que circula, passando por um banho elétrico (que não os mata), depois segue até os açougueiros que, rezando, cortam o animal na garganta, sangrando-o até a morte. A escrita manda que o bicho esteja vivo, ou acordado, antes do corte feito virado à Meca. Um pescoço por segundo, no açougue descrito. Os mais ortodoxos não dão o choque. Os menos, tem um gravador com orações ou facas com pregações (isso lembra dizeres tipo “para Sadam”, etc, em mísseis).
Falando em animais partidos, fomos ver a última exposição de Demian Hirst "Romance in the age of incertainty", na White Cube. Divagando sobre religião, traz os apóstulos representados por cabeças de boi em caixas com formol, tendo uma caixa só com o líquido, no meio, representando Jesus. Mais um monte de outras obras características do dito recuperado-drogado-e-iluminado-artista, entre elas seus lindos painéis com centenas de remédios minimalistas, limpos, puros e envenenados.

Pura coincidência.





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